Fui buscar a minha mãe ao aeroporto, almoçámos e ela apanhou o comboio para o Algarve. Está um pouco abatida, cansada, mas ainda assim sorri. Tem a cara da minha avó... É uma mulher fantástica a minha mãe. Mesmo!
Conversámos sobre o funeral, a morte, essas coisas... e percebi que para além da perda da mãe dela, também houve uma perda de uma geração... o meu avô faleceu e não tinha irmãos, o irmão da minha avó também faleceu há uns anos e restava a minha avó. Doente, sem uma identidade é verdade, mas era o símbolo de uma geração da família que se foi... uma geração que viveu a Segunda Guerra Mundial (a minha avó e o irmão estiveram presos num campo de concentração), uma geração que batalhou para criar uma família imensa (a minha mãe tem 6 irmãos), uma geração com uma vivência tão diferente da nossa...