quinta-feira, outubro 21, 2010

A cidade que nunca dorme... #2


Ao terceiro dia resolvi diminuir o ritmo... passei a manhã a vaguear e fui até ao Whitney Museum. A principal razão foi ir ver as performances que a coreografa Trisha Brown ia apresentar no Museu, trabalhos que criou na década de 70 a pensar no espaço do Museu e que agora voltaram a ser apresentadas. De todas, a peça que acaba por se destacar (embora não tenha sido a minha preferida) é Walking on the wall em que Trisha Brown colocada os intérpretes na horizontal a percorrer as paredes de uma galeria. O efeito é de facto impressionante, parecendo vencer a força da gravidade.



Nessa noite, resolvi ir para East Village e ir à Segunda Avenida comer batatas fritas.
No dia seguinte fui até Queens para ir ao PS1 ver a exposição Greater New York...

E que bom que foi, saí de lá excitadíssimo e inspirado, com vontade de pegar numa câmara de vídeo e criar, criar, criar... Fiquei interessadíssimo no trabalho de algumas pessoas que mal conhecia ou que não conhecia de todo. Detext foi um dos casos. Havia várias peças ao longo do espaço mas a que mais me marcou foi um vídeo, em que se vê Nova Iorque ao fundo e em primeiro plano estão duas velas que vão derretendo, uma clara referência ao 11 de Setembro.

Gostei também do trabalho vídeo de Robbinschilds e da série de fotografias de Pinar Yolacan intitulada Mother Goddes series.

Gostei muito de rever um vídeo da LaToya Ruby Frazier  Self portrait (United States Steel) e dos trabalhos de Ryan Mcnamara e Tommy Hantung. This is my life de Conrad Ventur foi a última peça que vi, uma instalação que utiliza a música e imagens de Shirley Bassey, projectadas através de uma pequena bola de cristal, que reflecte a imagem da diva, como se de uma bola de espelhos se tratasse. O efeito é muito engraçado.

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Voltei a Manhatan e fui fazer shopping... comprei um saco lindíssimo na 8ª avenida e umas t-shirts giras na Broklyn Factory. Acabei a noite no Soho a jantar no Lombardi's (ao que parece a pizzaria mais antiga de Nova Iorque). O que sei é que a massa da pizza era super fina, estaladiça e óptima. E que tive que esperar por mesa.


No quinto dia, mais arte... Resolvi percorrer as galerias de Chelsea (o que sempre me trouxe agradáveis descobertas).
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Lori Field foi a primeira que me fez sacar do caderninho e apontar o nome. Uma exposição muito interessante que se chamava The Sky is falling. Mas de cortar a respiração foi mesmo a exposição I was a child de Gottfried Helnwein. Não só pela técnica impressionante do senhor (eu ia jurar que se tratavam de fotografias e não de pinturas), mas também pelo tema tratado... este senhor já consta dos meus favoritos (uma das pinturas, um rapaz com uma pistola a apontar para um brinquedo, não me sai da cabeça).

Lynn Goldsmith, noutro registo, também foi uma descoberta muito interessante.Já na área da fotografia manipulada (ela usa o seu rosto em corpos de manequim para representar uma série de icons do nosso tempo) a exposição The looking Glass tinha um humor muito particular.

Os “livros digitais” (Light Reading) de Airan Kang também foram engraçados.
Passei pelo Chelsea Market (que espaço tão engraçado) e fui à Phillips de Pury ver uma exposição de fotografias... Havia de tudo um pouco: Sebastião Salgado, Bettina Rheims, David Lachapelle, Alex Guofang Cao, Philip-Lorca Dicarcia, Helmuta Newton, Nan Goldin, Herb Ritts, Annie Leibovitz, Irving Penn, Richard Avedon, Zhang Peng e até a Helena Almeida (percebi depois que eram peças para leilão – a título de curiosidade as fotografias da Helena Almeida estavam avaliadas em cerca de $8.000).
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Fui ver a peça “Freud's Last Session”, um texto muito bem escrito e com duas sólidas interpretações e em seguida, completamente extenuado, voltei ao Humus Place para jantar (era perto do teatro).
O sexto dia foi para rever e estar em alguns sítios de que gosto tanto... A 5ª Avenida (estar, sentir o frenesim), a Grand Central Station (que edifício lindo), a Public Library (adoro), Bryant Park, a City Bakery (haverá cookies melhores do que aqui?), East Village e Greenwich. Foi passear, passear, passear. Jantei num restaurante dito orgânico – Slice – que recomendo vivamente.
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a continuar...
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4 comentários:

Unknown disse...

comecei a sentir uma dor no cotovelo mal entrei neste blog... estranho!!

Junta-te ao clube disse...

Mais... Mais...

Ass: Gataca

Rachelet disse...

Vou em Janeiro, mas com um budget muuuuito apertado.
Tens dicas sobre restaurantes baratos, transportes e must-sees que afinal são desilusões? :P

iLoveMyShoes disse...

Rachelet, faço-te uma lista de must-sees que não são desilusões ;) e na sua maioria baratas e algumas gratuitas! :)