Dizer que Anne Hathaway faz o filme, talvez seja um exagero, mas é quando ela interpreta I dreamed a dream que as lágrimas se aproximam dos olhos pela primeira vez. Ela é absolutamente genial! Não é uma interpretação da música com toda a pujança de uma Patti LuPone, é uma interpretação frágil, emotiva, de arrepiar.
Hugh Jackman é perfeito para o papel, canta e encanta, emocionou-me com o seu Who am I (para além de ser aquele monumento de homem, muito agradável aos olhos).
Mas para mim o filme é isto. É pouco? Não, é imenso! Mas podia ser mais, muito mais. Talvez o facto de ter visto o musical em Londres uma dúzia de vezes não ajude... tenho algumas cenas muito presentes na memória (é o caso da cena das barricadas, em que acabam "quase" todos mortos, que no palco é de uma emoção belíssima e no ecrã se tornou... uma cena de guerra). A realização e a montagem são pobres... ou se calhar, por quererem trazer ao público os pormenores da cara dos actores enquanto representam (close up, close up, close up) acaba por pecar ao não mostrar o todo (Les Misérables é no plural, não no singular). Justiça seja feita à maioria dos actores secundários, todos magníficos - Amanda Seyfried, Eddie Redmayne, Aaron Tveit e Samantha Barks (que saltou do palco para o ecrã). E ainda uma vénia a Helena Bonham Carter e Sacha Baron Cohen (no papel do casal de taberneiros)! O que eu tinha medo que eles apalhaçassem demais e afinal, perfeitos! O único erro crasso de casting foi o Russel Crowe. Se vou ver outra vez? sim, sem dúvida. Se é um grande filme? Nem por isso!
Ficou o meu miúdo a dormir. Custou-me deixá-lo ali, todo quentinho... De tal maneira que ia perdendo o comboio! Ainda dorme de certeza. Já tenho saudades...
Este ano decidi estar na passagem de ano com os meus pais. Já não o faço há séculos. E vai ser a minha primeira passagem de ano com o meu sobrinho. Ele não percebe a data certamente, mas percebe que é uma festa.
O namorado faz anos amanhã... ele não é de grandes alaridos à volta da data, mas eu insisti que passássemos a noite de hoje juntos, para lhe dar um grande beijo à meia-noite. E vou fazer o jantar para os dois. Por isso, cozinha comigo!
Há poucas datas sagradas... o aniversário do meu pai, o aniversário da minha mãe e o Natal. Se eu me atrever a não vir a casa nestes dias, acho que sou deserdado. Talvez porque a minha família paterna nunca ter sido muito dada a manifestações de carinho familiar e por a minha família materna estar toda em França, nestas datas os meus pais gostam de ter a sua pequena família junta. Os meus pais, eu, o meu irmão, a minha cunhada e agora o pequeno principe, o meu sobrinho. E o Natal acaba por ser uma data de reunião, de estar juntos, de rir, de comer, de trocar prendas. O meu irmão também dormiu cá, por isso de manhã estava tudo junto, o sobrinho a brincar com os presentes todos (embora ele tenha estado doentinho e meio apagado), a azáfama do pequeno almoço. Foi bom, mas amanhã é dia de regressar à capital.
Este último dia de trabalho foi uma tontice... não fiz quase nada e ainda andei de um lado para o outro com duas colegas nas compras de Natal (eu, em dama de companhia). Agora só volto em Janeiro! Alegria!
Que dia... como toda a gente se apercebeu que vem aí o Natal e provavelmente nada acontece na próxima semana, têm "chovido" coisas para fazer, pagamentos, etc... dia de loca, loca, loca!
É mau... mas é tão mau que é bom. E para quem gosta do sr. Almodóvar, reconhece aqui, nesta curta metragem de 1978, alguns traços daquilo em que se tornou o seu estilo inconfundível.
Tosca foi das primeira óperas que postei na íntegra, mas vale a pena regressar a ela, nesta produção da Opernhaus Zürich. É sublime! E tem o maravilhoso Thomas Hampson! Vale a pena ver, mesmo!
Nos últimos tempos deixei de ter vida pessoal (quase...). Entre a fisioterapia, o trabalho e um outro trabalho / projecto - Os Pássaros do André não me sobra muito tempo... Vejo-vos no CCB?
Estava com preguiça e resolvi apanhar o autocarro. Entrei e sentei-me. Estava quase cheio... mas o silêncio era absoluto. Apercebi-me que a única coisa que ouvia era o mecanismo do autocarro a funcionar e de vez em quando a campainha que pedia uma saída na próxima paragem... mais nada! Na rua os carros passavam e não os ouvia, ninguém buzinava. Tudo tranquilo... muito tranquilo. Estranho até...
O meu sobrinho lá foi, ao que parece sem qualquer problema. Ontem deitou-se cedo porque hoje ia para a escola. A ver o que o meu irmão me diz ao fim do dia...
Já o disse várias vezes e não me canso de o fazer... adoro Milão! Alguém me dizia no outro dia que não gostava de Milão, porque era uma cidade muito europeia, cosmopolita, pouco italiana... Ia reagir a isso quando de repente percebi que, se calhar, é isso mesmo que eu adoro em Milão.
Claro que a cidade ganhou outra áurea por ter ido com o meu miúdo... e fiz coisas que nunca tinha feito. Subi ao Duomo e é de facto lindíssimo... Visitei o jardim do castelo Sforzesco (lindo, umas cores outonais fantásticas)... Fomos ver A Última Ceia (pertinho há uma igreja de San Maurizio que vale mesmo uma visita!), fomos à Scala (o meu miúdo estava com dores de estômago, não correu tão bem quanto eu gostava, mas o espectáculo e sobretudo o canto foi magnifico, delicioso!) e fomos à Pinacoteca de Brera. Há lá um quadro que adoro, de Andrea Mantegna Lamentazione sul Cristo morto, que ao vivo ainda nos causa uma sensação mais estranha pela perspectiva... Era ver-me de um lado para o outro a vibrar com as diferentes perspectivas do corpo de Cristo deitado, consoante o sítio onde me encontrava. E foi muito engraçado ver a sala de restauro onde estava a Pietà de Bellini.
E namorámos... namorámos muito... sem pressas, sem horários... namorámos. E rimos, rimos sempre tanto!
Sinto que chegou a altura de contribuir de forma mais activa para uma melhoria da sociedade... resolvi que ia propor-me como voluntário numa associação. Depois de várias hipóteses e de uma ou outra conversa com um amigo, resolvi mandar um e-mail ao CheckpointLX oferecendo-me para trabalhar com eles, em regime de voluntariado. Imagino que tenham muito que fazer, mas foi já há 3 semanas... podem não estar interessados, o meu perfil não se adequar, mas ao menos diziam, Não, obrigado! Paciência...
Enviei agora um e-mail para o Red Light da Positivo, que é um Projecto de Apoio e Informação a Trabalhadores do Sexo. A ver...
A minha cunhada mandou-me hoje a seguinte mensagem: Ainda ninguém sabe mas segunda-feira o teu sobrinho vai começar a vida académica. Fiquei super contente, porque acho que lhe vai fazer bem, sobretudo conviver com crianças da mesma idade... mas ao mesmo tempo deu-me um aperto no coração... já? O meu menino já vai para a escola? Dir-me-ão, é infantário, não exageres... mas ainda assim... parece que nasceu ontem... Tenho saudades do meu pequenino... não fosse o meu primeiro dia de trabalho e ia lá dar-lhe um beijo no primeiro dia de escola.
Não foi tão mau quanto pensei que fosse ser... apesar de não ter sido muito rigoroso nos exercícios durante as férias, lá fui fazendo... e o facto de durante este tempo não ter pensado muito no ombro, ajudou a relaxar... Esta semana ainda faço todos os dias (úteis), para a semana passo a 4 dias por semana... Dói, mas vai dando frutos.