Os anos passam e há pessoas que não esquecemos, que amamos, que queremos. Podemos não estar com elas todos os dias, podemos não lhes dizer que gostamos delas. Mas gostamos. E muito. Entre amigos mais antigos e mais recentes, posso dizer que sou um homem rico. Tenho seguramente duas mãos cheias de bons amigos. Isso é bom... mas quando sentes que um amigo de há mais de 20 anos se está a afastar... porque está amargo, porque não suporta que a ti a vida tenha corrido bem, que esteja a correr bem... dói. Estive lá em todos os momentos... quando terminou namoros e me ligava às duas da manhã, quando resolveu assumir para os pais que era gay, nos dramas laborais, quando a avô faleceu, quando precisava de dinheiro, quando precisou de ajuda para se organizar... Sim, a vida não lhe tem sido fácil, mas sobretudo porque olha demasiado para o seu umbigo, porque acha que tudo lhe é devido. Gosto muito dele e estarei sempre aqui para quando precisar. Mas por agora resolvi dizer chega. Ser amigo, também é isso. Dar espaço para a pessoa perceber o que quer, o que é importante e sobretudo, quem gosta realmente de nós.
2 comentários:
Também sofri nos últimos tempos, afastamentos de amigos, que nunca pensei que tivessem essa atitude. Mas para que isto resulte, tem de ser um caminho de dois sentidos. Ainda corri atrás, e tentei manter o contacto, mas se o outro lado não quer... é deixar voar. Desde que estejam felizes, é o que importa.
Pior é perdermos amigos para Sr.ª Morte e sabermos todos os dias que nunca os iremos recuperar. E que aquele momento, em que estamos na merd*, onde bastava de carregar no número de telefone e éramos escutados e aconselhados, nunca mais ver ser possível obter.
Eu acredito que seja um período. Que quando a vida lhe correr como quer que ele volte. Espero apenas que os estragos não sejam irremediáveis...
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