Há cerca de 8 anos eliminei o meu perfil no Facebook. Já não me lembro exatamente do contexto mas um amigo meu fez o seguinte comentário: "como não sabes? Eu publiquei no Facebook." Lembro-me que era um assunto relevante. E aquela era a forma que um amigo escolheu para me informar. Publicar o que quer que fosse no Facebook.
A minha conta do Instagram é fechada. E ainda assim tem demasiada gente a seguir-me. Uso para registar lugares ou momentos para memória futura. Raramente apareço numa fotografia.
Usei o Twitter para ver notícias. Mas tornou-se uma rede social de tal forma tóxica que também eliminei o perfil. Agora tenho o Bluesky um pouco com o mesmo propósito. Ver notícias e partilhar espetáculos, exposições, livros e cultura em geral.
Falam-me hoje em dia de redes sociais que desconheço. Incomoda-me de forma geral a exposição a que as pessoas se submetem. Cada um sabe de si. E eu sei aquilo que me interessa ou não interessa. Mas não deixa de ser estranho a surpresa das pessoas por eu não ter esta ou aquela rede social.
A minha relação mais duradoura é com este blog. Com interregnos, momentos de dúvida. Mas regresso sempre a ele. Como um disco do Piazzolla guardado na prateleira.
Ou se calhar, porque não é bem uma rede social.
4 comentários:
Eu sou um viciado na merda do telemóvel. Tenho Facebook, Twitter e Instagram. Ao Facebook ligo pouco (já liguei muito). Ligo muito sim ao Instagram e sobretudo ao Twitter, que agora é X. É uma rede totalmente tóxica.
Queria ter a coragem de sair de todas as redes sociais, menos do blogue -que também não considero bem uma rede social- porque me roubam demasiado tempo que poderia utilizar para ler. Tenho imensos livros que não leio por causa das redes sociais. Isso revolta-me. Queria ter essa coragem de apagar tudo e desaparecer. Tudo menos o blogue.
Há quem diga que um blogue não é uma rede social. Há quem defenda o contrário. No fim, é o que cada um quer que seja.
Sou viciado em Redes Sociais e já fiz vários cursos sobre isso. Admito que tem muitas coisas más, mas também tem coisas boas, e algumas vantagens. Também já disse isso, ou seja, "não viste? estava no Facebook", porque por vezes é a forma mais simples de chegar a algumas pessoas com quem não tens contacto quotidiano. Apesar disso, reconheço que as redes sociais cansam. Puxam-nos ainda mais para baixo, nos nossos momentos mais difíceis e portanto, não são um bom remédio para nada. E sobre isso, e redes sociais, é onde me encontro de momento. Naquele limbo, se ficou ou saio, porque reconheço que há momentos que o que vejo me atira ao chão, de uma forma tão violenta, que demoro cada vez mais a recompor-me.
E finalizando, este comentário imenso, digo-te apenas que utilizo as minhas redes sociais, de forma segmentada, aliás, como elas hoje já se comportam. Ou seja, Facebook para família (mais velhos) e alguns colegas de trabalho. Instagram para contactos mais pessoais - e onde tenho conhecido algumas, mas poucas pessoas. Tiktok para vídeos de viagens e dicas. X para politiquices, e polémicas e Bluesky quando pretendo ter a cabeça mais tranquila. Finalmente o youtube para vídeos e música - além do spotify, que não é uma rede social, mas é a banda sonora da minha vida.
Agora que vivo fora de Lisboa faltei a ler bastante. O percurso no comboio é propício a momentos de leitura.
Fizeste cursos sobre ser viciado em redes sociais??? Ahahahah
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