Sim, a perder. Mais vale ficar em casa e ver um filme da TVI ou aproveitar para ir ao supermercado. É tempo ganho. Estou a falar de O Ginjal ou os Sonhos das Cerejas de Mónica Calle e Sonho de uma Noite de Verão pelo Teatro Praga.
No primeiro caso existem ideias de encenação interessantes, um desenho de luz discutível mas com leitura... o problema está no elenco e na total falta de direcção de actores. É aqui que M. Calle falha. Alguns actores têm uma dicção de tal maneira má que não se percebe o que dizem (é o caso de Tiago Barbosa e Tiago Vieira [este último a tocar o limiar do insuportável]). Outros esquecem-se que num palco não se usa a mesma técnica que na Casa Conveniente, que o espaço é maior e que mal se viram de costas para o público os deixamos de ouvir (caso de Hugo Bettencourt, a própria Mónica Calle e Miguel Moreira [este com a agravante que quando se torna histérico o deixamos também de perceber]). Salva-se uma sempre correcta Mónica Garnel, uma muito interessante composição de Ana Ribeiro [talvez óbvia, mas eficaz] e a bonita voz [monocórdica mas bonita] de David Pereira Bastos. São 2 horas dolorosas... eu que sou fã da Mónica Calle saí tristíssimo...
Já o Sonho do Teatro Praga sofre de falta de humildade. Nos últimos anos o Teatro Praga tem beneficiado da credibilidade e do trabalho interessante que desenvolveram no início desta década. Ousaram, experimentaram e conseguiram alguns trabalhos muito bons. Mas daí à arrogância se instalar em cena foi um pulo. E de há uns dois ou três anos para cá não fizeram nada digno de registo. Já não há paciência para a pose de André e. Teodósio e de Patrícia da Silva [como lembro com saudade a primeira encenação (ou das primeiras) do André com interpretação da Patrícia e duas outras actrizes que não me recordo quem eram], não há paciência para o Pedro Penim fazer de Pedro Penim, a sempre divertida Cláudia Jardim a fazer mais do mesmo, o giro do Diogo Bento a tornar-se um arrogante Praga... havia mais uns quantos no elenco, não tão habitués e por conseguinte menos irritantes... bem, mas é mais um espectáculo cheio de reflexões e referências e poses e que se espreme, espreme, espreme e só se percebe que eles têm muito dinheiro e querem gastar... Fui-me embora no intervalo... não ia suportar mais duas horas daquilo...
No primeiro caso existem ideias de encenação interessantes, um desenho de luz discutível mas com leitura... o problema está no elenco e na total falta de direcção de actores. É aqui que M. Calle falha. Alguns actores têm uma dicção de tal maneira má que não se percebe o que dizem (é o caso de Tiago Barbosa e Tiago Vieira [este último a tocar o limiar do insuportável]). Outros esquecem-se que num palco não se usa a mesma técnica que na Casa Conveniente, que o espaço é maior e que mal se viram de costas para o público os deixamos de ouvir (caso de Hugo Bettencourt, a própria Mónica Calle e Miguel Moreira [este com a agravante que quando se torna histérico o deixamos também de perceber]). Salva-se uma sempre correcta Mónica Garnel, uma muito interessante composição de Ana Ribeiro [talvez óbvia, mas eficaz] e a bonita voz [monocórdica mas bonita] de David Pereira Bastos. São 2 horas dolorosas... eu que sou fã da Mónica Calle saí tristíssimo...
Já o Sonho do Teatro Praga sofre de falta de humildade. Nos últimos anos o Teatro Praga tem beneficiado da credibilidade e do trabalho interessante que desenvolveram no início desta década. Ousaram, experimentaram e conseguiram alguns trabalhos muito bons. Mas daí à arrogância se instalar em cena foi um pulo. E de há uns dois ou três anos para cá não fizeram nada digno de registo. Já não há paciência para a pose de André e. Teodósio e de Patrícia da Silva [como lembro com saudade a primeira encenação (ou das primeiras) do André com interpretação da Patrícia e duas outras actrizes que não me recordo quem eram], não há paciência para o Pedro Penim fazer de Pedro Penim, a sempre divertida Cláudia Jardim a fazer mais do mesmo, o giro do Diogo Bento a tornar-se um arrogante Praga... havia mais uns quantos no elenco, não tão habitués e por conseguinte menos irritantes... bem, mas é mais um espectáculo cheio de reflexões e referências e poses e que se espreme, espreme, espreme e só se percebe que eles têm muito dinheiro e querem gastar... Fui-me embora no intervalo... não ia suportar mais duas horas daquilo...
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