Ontem um amigo meu resolveu provocar-me: Para que serve a arte? perguntou-me. Sabemos quem é o Mondrian mas ninguém sabe quem inventou o computador e da sua importância na Segunda Guerra Mundial... Fiquei calado... porque de facto sei quem é o Mondrian... mas não sei quem inventou este aparelho que uso todos os dias, para trabalhar, como lazer e até para ter a conversa que despoletou esta pergunta... Não consegui argumentar muito... expliquei-lhe o que a arte representava para mim... e ele lançou-me o repto de o levar a um sítio (museu, galeria, teatro, opera, qualquer coisa) onde ele não precisasse de compreender para apreciar. Respondi-lhe que isso era uma experiência hiper pessoal, que o me move a mim pode não mover outros... mas ainda assim aceitei... e agora tenho este bico d'obra nas mãos.
sexta-feira, novembro 05, 2010
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9 comentários:
Acima de tudo, creio que é uma forma de comunicação e de manifestação de uma determinada forma de ver e estar no mundo. Mas também pode ser um mercado, na sua vertente económica.
Gosto de algumas perspectivas que o Walter Benjamin dá no seu ensaio «A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica».
Abraço.
Não percebi. a arte para ser apreciada tem de ser compreendida?
Blog Liker... pois eu acho que a questão é um pouco essa, uma visão utlitária da vida (e neste caso da arte).
André, há pessoas para quem a arte para ser apreciada tem de ser compreendida...
"André, há pessoas para quem a arte para ser apreciada tem de ser compreendida..." Isto é um problema. Como "compreender" coisas que são para ser sentidas, para despertar emoções. Felizmente a arte dá para ser compreendida e sentida. E há obras que permitem as duas.
Eu usei esses argumentos todos... mas afinal voltamos à definição de arte... porque, quem diz que tem que ser sentida e não compreendida? Enfim, sabes que concordo contigo, mas estas questões não deixam de ser pertinentes... porque o rapaz auto-intitulava-se inculto... e eu questionei porquê... porque se ele conhece Mondrian não é assim tão inculto... o que me parece é que a arte não desperta nele qualquer emoção e que por isso a tentar racionalizar... e como não lhe encontra utilidade, não a valoriza...
E onde o vais levar? Já pensaste nisso? É um desafio e pêras
Ainda não... mas ele está em Paris, por isso vou decidir quando lá chegar...
Mas isso depende muito do grau de compreensão e apreciação do teu amigo.
Penso ser demasiado subjectivo para que lhe possas dar uma satisfação cabal ao seu desafio.
Pois eu sei pinguim... por isso terá que ser "o" sítio certo... a ver...
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