Fui com um amigo jantar para os lados do Cais do Sodré, no restaurante do Clube Naval, de seu nome Café Malaca. O ambiente do "armazém" não deixa de ser engraçado e tem-se acesso ao restaurante através de umas escadinhas meio toscas. Até aqui tudo bem. Ao começar a subir as escadas apercebo-me da barulheira que há no restaurante e começo a torcer o nariz. Felizmente que este não era um daqueles jantares românticos em que queremos "um clima" (fui jantar com o meu ex, por isso já não há clima possível). O restaurante é super pequeno, as mesas estão encavalitadas umas nas outras, imensos grupos e uma barulheira infernal. Bem, mas estávamos ali pela comida sobretudo, supostamente exótica, afrodisíaca e de fusão. Pedimos de entrada um crepe Primavera (nada mais que um crepe chinês pequeno, com um molho agridoce picante). Eu pedi um Caril de Beringela, ele uns caranguejos não sei o quê. O caril estava bom, era bastante simpático... servido com arroz (talvez demasiado seco, do género que foi cozido ao início da noite e esquentado há medida que vai sendo preciso). Bebi um sumo de gengibre (um bocadinho forte) e comi de sobremesa gelado de chocolate com picante. 40 euros para duas pessoas (não bebemos qualquer vinho)... Enfim, da fusão e do afrodisíaco... não senti nada (por picante na comida não a torna afrodisíaca). Exótico... tanto quanto qualquer restaurante chinês. Foi um jantar ainda assim simpático (fez-se valer pela sempre maravilhosa companhia do meu ex)... mas... porquê tanto chinfrim há volta deste espaço? Exceptuando um ou outro empregado, a maioria era antipático e alguns nem português falam (odeio que em Portugal se dirijam a mim em inglês). E depois é aquela coisa de sentir que as pessoas vão lá porque está na moda. Para verem e serem vistos...